sexta-feira, 6 de abril de 2012

Sexta Feira Santa em Tarauacá: Via Sacra

A Sexta Feira Santa em Tarauacá foi marcada por uma série de atividades desenvolvidas pela Comunidade Católica através da Igreja São José. Destaque para a Via Sacra que aconteceu pela manhã, onde os católicos caminharam pelas ruas da cidade rezando, enquanto um grupo de atores e figurantes encenavam a dor e o sofrimento de JESUS desde seu julgamento até sua crucificação. 
Estava definitivamente concretizado o mais absurdo e abominável processo de julgamento que se tem notícia, jamais igualado em sordidez, em torpeza e na vergonhosa baixeza de seus critérios, envolvendo testemunhas preparadas, com acusações falsas que conduziu à decisão condenatória.

A Cruz é um antigo instrumento bárbaro de suplício, usado por vários povos para executar os condenados à morte. JESUS recebeu a sua Cruz, um grosso e pesado madeiro que apoiou em seu ombro.
ELE cai pela primeira vez, batendo com o joelho esquerdo forte contra o piso rústico, esfolando-o por causa do peso da Cruz. Os soldados que O escoltava, severos e cruéis, com os chicotes forçaram-no a levantar-se e continuar a caminhada.
A multidão se espremia entre as paredes das casas, das estreitas ruas, pois queriam avidamente presenciar os lances que aconteciam. ELE cansado, fez uma pausa. Seu Corpo estava coberto de chagas que sangravam. Da cabeça, furada pelos espinhos da ignóbil coroa desciam veios de sangue pelo rosto, cobrindo os olhos e turvando a visão. Ao erguer a face, depara com o olhar triste e amargurado de Maria, Sua MÃE, impressionada com a intensidade da maldade do mundo. Ao presenciar todo aquele sofrimento, aquela terrível e brutal tortura que seu querido Filho enfrentava, sentiu uma pungente dor transpassar o seu coração.
ELE estava debilitado pela noite mal dormida e sem alimentação, além dos maus tratos e flagelos que recebeu no pretório. Parecia que dificilmente chegaria ao local da crucificação no Gólgota, que significa lugar da Caveira ou Calvário. Em sentido contrário vinha Simão, o Cirineu, que voltava do campo para a sua casa. Obrigaram-no a carregar a Cruz de JESUS.
A esta altura do percurso, por terem ultrapassado o portão do muro que fechava a cidade, grande parte do povo que já conhecia aquelas cenas, perderam o interesse e debandaram. Uma mulher aproximou-se e enxugou o rosto ensanguentado do SENHOR.

Mais um trecho caminhado de uma distância de aproximadamente 600 metros, que separava o Tribunal romano na Fortaleza Antonia do Calvário, local da crucifixão. O cansaço do SENHOR era muito grande. Os soldados sem qualquer sentimento de piedade, empurraram-NO para que caminhasse mais ligeiro. Uma ponta de pedra enviesada no caminho derrubou o SENHOR pela segunda vez.
A guarda romana zelosa no cumprimento de sua missão, não permitiu que o SENHOR parasse um pouco para descansar. Já estavam próximos ao Monte Calvário quando ELE observou mulheres ao lado do caminho que lamentavam os SEUS sofrimentos.
Todos nós temos capacidade para avaliar a grandeza dos problemas e dificuldades enfrentadas pelo SENHOR, lembrando sobretudo que o percurso era acidentado e excessivamente longo, para qualquer homem cansado pelas dores, em jejum e traumatizado por abomináveis e covardes flagelos. Então não é difícil admirar a imensidão do esforço feito por JESUS, para cumprir sua Missão Redentora até o fim!
Chegando ao Gólgota, os soldados O empurraram contra o solo e tiraram as Suas roupas, rasgando a veste íntima em quatro partes e depois, lançaram sorte sobre a túnica, que era inteiriça, para ver quem ficaria com ela.
Simão, o Cirineu, deixou a Cruz próximo a JESUS enquanto os soldados romanos crucificavam os dois ladrões. Depois vieram até ELE. Deitaram-NO sobre o madeiro e com violência pregaram a mão direita, enfiando um cravo de ferro que penetrando em sua carne rasgou o tecido, atravessou o pulso e se fixou na Cruz, enquanto o sangue jorrou pelo rompimento das veias e vasos sanguíneos dilacerados pela brusca penetração. Do mesmo modo, com força e brutalidade, pregaram a mão esquerda e também ambos os pés, um sobre o outro, o pé direito encima do esquerdo, atravessados com um único cravo. Agora ELE estava definitivamente pregado à Cruz.

A respiração do SENHOR estava ofegante... Com dificuldade conseguia firmar os pés apoiando-os no cravo de ferro que os prendiam, para elevar o Corpo e poder respirar. Sofre o REDENTOR por causa de nossos muitos pecados e morre na Cruz! Nuvens pesadas envolveram o firmamento e a terra cobriu-se de trevas, acontecendo fortes tremores, fendendo-se as rochas, abrindo muitos túmulos dos quais ressuscitaram corpos de justos, ao mesmo tempo em que o véu do Templo judeu rasgou-se ao meio, de cima a baixo, sem qualquer intervenção humana. O SENHOR entregava o seu ESPÍRITO ao PAI ETERNO.


                          
Como entardecia e não tinham notícias dos crucificados, os homens do Sinédrio que tramaram a morte do SENHOR, mandaram mensageiros pedir autorização a Pilatos para quebrar as pernas dos crucificados, a fim de acelerar a morte. Apesar de bárbaro, era um costume utilizado para apressar a morte dos condenados.
A patrulha pretoriana chegou ao Gólgota e quebrou as pernas dos dois ladrões. Vendo que JESUS estava morto, não LHE quebraram as pernas, mas para verificar, um dos centuriões cravou a lança com força no lado direito do SENHOR, penetrando entre a quinta e a sexta costela, atingindo o Coração. No mesmo instante saiu sangue e água.
José de Arimatéia, Nicodemos e alguns Apóstolos auxiliados por pessoas piedosas e as Santas Mulheres, de acordo com o costume judeu, prepararam o Corpo do SENHOR ungindo-O com um mistura de aloés e mirra, e O envolveram com um lençol de linho. Respeitosamente em procissão conduziram JESUS para uma sepultura próxima, de propriedade de Arimatéia. Deitaram o Corpo do SENHOR numa saliência na rocha em forma de cama e fecharam a entrada com uma grande pedra.
Houve um forte tremor de terra, que fez rolar a pedra que fechava o túmulo do SENHOR, ao mesmo tempo em que uma luz brilhante veio de dentro e projetou no chão os soldados, como se estivessem mortos, paralisados contra o solo, enquanto JESUS ressuscitava gloriosamente envolvido numa esplendorosa luz. (com informações de http://apostoladosagradoscoracoes.angelfire.com)


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